sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pimentade de Bacalhau


            Embora haja um prato originário da Guiana Francesa chamado Pimentade, hoje este nome pode designar qualquer prato baseado em frutos de qualquer uma das centenas de espécies e variedades da família Capsicum, que engloba todas as malaguetas, pimentos e pimentões.
Quando chegam calor e dias grandes, aparecem em substituição dos pimentos desenxabidos do Inverno, os belíssimos e intensos  frutos que podemos comer de todas as maneiras, crus, assados, fritos, recheados, como condimento ou como pièce de resistance como é o caso desta pimentade de bacalhau, um prato simples e rápido que resulta em plena satisfação para amantes de pimentos e de bacalhau.

Ingredientes:

Pimentos
Cebola
Alhos
Tomate seco, em azeite
Azeite
Sal e pimenta
Bacalhau demolhado
Puré de batata

Preparação:

Refogue em azeite a cebola, alhos, tomate seco em azeite, cortado em pedacinhos, sal e pimenta e pimentos verdes e vermelhos, ou só vermelhos* se tiver uma digestão sensível aos pimentos verdes*.
Junte então bacalhau em pedaços, 
envolva no refogado e passe para ramequins individuais.
Cubra com puré de batata e leve a tostar ao forno.
Sirva a pimentade acompanhada com o puré de cobertura.

Nota:
  *Existem à volta dos pimentos diversos mitos sobre a sua digestibilidade, sendo um dos mais propalados (até por gente que tinha obrigação de ser responsável) o que afirma que aquelas nervuras internas esponjosas e esbranquiçadas são o “veneno” dos pimentos.
Na verdade a única coisa que as tais nervuras são é feias e ficam umas peles moles depois de cozinhadas, mas não amargam nem são “indigestas”.
Outra dos mitos é o que confunde pimentos vermelhos com pimentos maduros. 
O que se passa é que, apesar de qualquer pimento verde se tornar vermelho ao amadurecer, a maioria dos pimentos vermelhos à venda (e todos no Inverno) não são frutos maduros mas sim frutos geneticamente modificados para apresentarem cor vermelha (ou amarela, ou laranja).
Naturalmente, estes pimentos vermelhos-mas-não-maduros têm os mesmos problemas para estômagos mais sensíveis que os pimentos verdes.

4 comentários:

Jorge disse...

Caro Luís,

Quero fazer-lhe duas questões "off-topic", caso seja possível.

Uma relacionada com os estufados de carne. Neste caso, tem por norma fritar a carne antes de adicionar algum líquido como água e/ou vinho? Em caso afirmativo, é apenas para selar a carne ou uma fritura mais completa? Varia a técnica consoante a carne em questão?

Outra relacionada com os Gaspachos. É habitual fazerem-se doses para diversas refeições? Conservam-se bem no frigorífico?

Um abraço e bom domingo!

Luís Pontes disse...

Nos estufados é normal selar a carne, nunca fritar por completo o que a iria secar irremediavelmente.
Ressalvam-se as carnes cozinhadas a baixa temperatura (75-80ºC)que não devem ser seladas.
Os gaspachos andaluzes (moídos) conservam-se na perfeição até 3 dias e até ficam melhor no dia seguinte; já o gaspacho alentejano (pedaços) deve ser consumido na altura. Irei abordar o gaspacho assim que houver fruta madura de Verão para o fazer.

Jorge disse...

Obrigado pelo esclarecimento e pela inspiração: Acabei de ter para pequeno-almoço uma Pan..Apple! :)

Jorge disse...

Não sei se conhece, mas estava a ver este vídeo e decidi partilhar: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KcnW49luEGQ#at=3016