Coisas assim são irresistíveis para mim e em menos de nada estava deste lado, agora já eu a pensar o que fazer com mais de dois quilos de lombo limpo e outro tanto de espinha e a enorme cabeça. O destino destas, as espinhas e a cabeça, claro que estava traçado pois é como se trouxesse um letreiro a suplicar “façam-me em sopa” e fiz-lhes a vontade, é claro. E o resto também não foi difícil: um telefonema a convocar a preciosa “ajuda” da Isabel e do Joaquim e estava assim arranjado o melhor dos pretextos para um grande almoço de Domingo Gordo – Uma moqueca de Peixe-Galo!
As moquecas são como os Cozidos, cada um com o seu, a achar que é evidentemente o melhor. Não iria propor-vos mais uma ( escrevam “moqueca” no Google e obtêm 248.000 entradas!), ainda para mais esta que até foi feita pela Maria José, se não se tratasse de algo de novo e que vale mesmo a pena.
Inspirada numa espécie de “moqueca” criada e apresentada pelo chef Henrique Sá Pessoa, com garoupa, esta moqueca combina o sabor da tradição com uma simples mas apurada técnica de cocção suave do peixe e o resultado é assombroso.
Ingredientes (5-6 pessoas):
1-1,5kg de lombo limpo de Peixe-Galo
1 Cebola grande
1 Pimento verde
1 Pimento vermelho
4 dentes de Alho
2 folhas de Louro
1 molho de Coentros
5 Malaguetas
4 colheres de sopa de Óleo de Palma
2 colheres de sopa de Azeite
2 Tomates maduros
1,5dl de polpa de tomate
200ml Leite de Coco espesso
Sal e Pimenta Preta q.b.
Preparação:
Refogue em azeite a cebola picada, os alhos, os pimentos cortados em tiras finas, o louro, as malaguetas com ou sem sementes conforme queira mais ou menos picante e os tomates cortados em cubos pequenos. Adicione então o óleo de palma e a polpa de tomate e deixe cozinhar por alguns minutos antes de juntar o leite de coco e os coentros picados. Tempere com sal e pimenta moída na altura.
Deixe levantar fervura de novo, introduza o peixe galo em cubos pequenos no molho e apague o lume de imediato. Tape e deixe ficar o peixe a confitar no molho quente mas sem ferver, durante cerca de 10 minutos.
Sirva com arroz cozido.
Muito interessante esta proposta. Em relação aos tempos de cocção, há uma manifesta tendência para deixar tudo tempo demais; os dez minutos de "imersão" devem dar uma bela textura ao peixe.
ResponderEliminarPara mim está perfeito, é assim uma espécie de caldeirada exótica sem batatas...
ResponderEliminarEsse peixe galo era mesmo uma tentação/inspiração de peixe!
Beijinhos.
Estou aqui salivando de ver esse maravilhoso prato.
ResponderEliminarParabéns pela receita!
Ana.