Quando falo de cenário confrangedor estou a referir-me à oferta de "aperitivos" que, bem resumidos, se ficam por bolachas, bolachinhas, palitos e palitinhos, amendoins, cajús, pistáchios e companhia espanhola (grão, milho, pipas, pipocas) , salgados ou picantes, duros ou crocantes mas quase sempre abomináveis de mediania e vulgaridade.
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Como já me basta e sobra ter disso e mais disso quando o copo se passa num lugar público, cá por casa essa quinquilharia aperitiva está banida e gosto de acompanhar as conversas com algo mais significativo do ponto de vista sápido que essa reacção algo boçal do "apagar" o excesso picante ou salgado com o fresco da bebida.
Assim, conforme a bebida que se vai beber, serão umas favas guisadas (sangrias e sidra), queijo e azeitonas com quadradinhos de pão fresco (nunca tosta) para o vinho tinto e, para os brancos, verdes, long drinks e coisas mais fortes, algo de espectacular e delicado, como isto:
Este aperitivo que hoje vos deixo é de uma simplicidade desconcertante, facílimo de fazer (não precisa explicar aos convidados quão simples é, pode deixá-los a pensar, claro) e um êxito assegurado que nunca deixa aquela sensação de tédio perante os palitinhos de araruta e sal que... nunca mais acabam!
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Ingredientes:
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Miolo de camarão, médio.
Sal e Pimenta
Escolha 1 de: Piri-piri, alho em pó, gengibre, caril, etc.
Ovo e Pão ralado.
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Preparação:
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Descongele o camarão e tempere-o a gosto. Deixe ficar a tomar sabores e sal por uma hora.
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Envolva-o então em farinha seca, revolvendo bem para que se separem uns dos outros, depois passe-os rapidamente por ovo batido, uma mão-cheia de cada vez, e por fim por pão ralado. Claro que isto se faz tudo em 3 ou 4 partes, tudo ao mesmo tempo, revolvendo o recipiente do pão ralado para envolver e separar bem os camarões.
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No fim, pode retirar os camarões panados com os dedos a servirem de garfo ou, como eu faço, peneirando o conjunto num passador de malha larga que deixa passar o pão ralado e retém os camarões.
Ponha-os na rede das batatas fritas
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e frite em azeite refinado bem quente, por alguns segundos, até ficarem com este aspecto louro e apetitoso.
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Nota: Não salgue ou apimente este aperitivo por fora; o sal e sabor devem vir de dentro, por isso se temperaram previamente. Os sabores exteriores dos aperitivos vulgares são os responsáveis por aquela sensação de queimadura da boca e garganta que surge uma hora depois e que tornam odiosos o que soube tão bem quando se provou o primeiro exemplar.
Olá Luis
ResponderEliminarMais uma vez com uma receita simples mas com certeza muito saborosa. Vou experimentar na primeira oportunidade.
Um abraço
Sou da mesma onda, contra as entradas de pacote de supermercado. Além de produtos hiper processados, com alto teor de gorduras, tem sabores muitas vezes artificiais. Não é que os seus camarões se livrem da gordura, mas são concerteza uma entrada que o comum dos mortais não estará à espera. Quando muito as tradicionais gambas cozidas. Registei e também hei-de experimentar.
ResponderEliminarUm abraço.
Miguel
http://cozinha-sem-tabus.blogspot.com
Já tive oportunidade de experimentar quando vieram uns amigos cá a casa. É uma maravilha fica com um sabor que surpreende, pois como foi dito não tem nada a ver com o que por aí há em sacos de plástico
ResponderEliminarUm abraço