O funcho
é uma planta fortemente aromática de que existem duas variedades: uma bravia e
normalmente encarada como infestante e outra, que é na verdade a primeira
depois de domesticada, que oferece um bolbo parecido com uma cebola achatada que
é uma preciosidade de sabor e frescura.
Na verdade, também a variedade selvagem pode ser utilizada,
embora apenas na altura em que desponta, no início da Primavera, e é rainha de
uma celebrada sopa usada pela etnia cigana. Trá-la-ei aqui para o ano, se não
me esquecer e deixar passar a altura, como neste aconteceu.
Já os deliciosos bolbos do funcho cultivados, que podemos
usar todo o ano, são uns ilustres desconhecidos da esmagadora maioria dos
portugueses.
Agora que o calor começa a apertar eu vou perdendo o gosto
pelas comezainas laboriosamente cozinhadas e, inversamente, procurando as
comidas mais leves e simples, a rapidez de uma massa fresca aliada à frescura
do funcho, foi a solução encontrada para um jantar leve de fim-de-semana, passado em
Lisboa.
Ingredientes:
Bolbo de funcho
Cebola
2 porções de massa fresca de ovo
1 porção de massa fresca negra
Manteiga
Natas para cozinhar
Azeite
Sal e pimenta
Queijo duro para ralar
Preparação:
Retire alguma capa exterior mais coriácea ao bolbo de
funcho, se achar necessário, parta-o em pedaços pequenos e leve-o ao lume com
uma noz de manteiga, sal e pimenta durante 15 minutos, em lume baixo. Triture-o
totalmente até ficar num creme.
Refogue a cebola picada em duas colheres de sopa de azeite, sem deixar alourar, junte-lhe o
creme de funcho e meio pacote de natas.
Leve ao lume brando, mexendo sempre com as varas para
emulsionar e formar um molho espesso.
Coza as massas (usei linguine,
uma espécie de esparguete fino e achatado que é o que se consegue nas máquinas
de fazer massa em casa) que no meu caso, por questão estética, usei branca
(ovo) e preta ( tinta de choco)
feitas na altura, mas claro que pode ser massa
seca e só de uma cor.
Escorra, sirva, deite o molho de funcho sobre a massa e rale
um queijo seco e duro, de sabor forte, sobre ela (usei queijo picante de
Castelo Branco, sequíssimo, e ficou uma delícia).
Tens razão, pois claro... nunca provei funcho. Fiquei curiosa claro! Estaarei atenta...
ResponderEliminarBeijinho.
Luís, experimentei a sua receita de sericá, ou sericaia... O resultado está publicado no Rap'ó Tacho. Obrigada pela receita!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Luís Pontes,
ResponderEliminarTendo regressado a casa recentemente, e agora, com um sentido culinário mais desperto, embora pouco apurado ainda, estou a tentar olhar para o meio que me rodeia com outra atenção.
Nesse sentido, a minha mãe disse-me que tinha umas "ervas", que deveriam ser oregaos. Lembrei-me do seu post e já vi que não será o caso.
Será que pode identificar-me este exemplar?
Peço desculpa pela qualidade das fotos, espero que sirvam:
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Um abraço,
Jorge