terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
As Filhoses de Carnaval
Não há gente que viva o tempo do Carnaval com mais empenho, alegria e alma que os alentejanos!
Não estou a falar desses negócios que foram surgindo à volta de sambas e desfiles mais ou menos artificiais ou dessa outra súbita explosão de fervor etnográfico com que terras desertas e moribundas do Norte procuram atrair turistas e forasteiros a reboque de cegadas e máscaras ressuscitadas cujos últimos intervenientes a sério foram os avós e bisavós.
No Alentejo o Carnaval é algo que corre nas veias e que salta, genético, nestes dias em que as tristezas são esquecidas e em que até os mais sisudos se permitem todas os excessos, alegrias e, claro, uma cozinha própria da época, em que a par de outros doces que, como as azevias ou as filhoses estendidas (coscorões), são comuns a outros períodos festivos, há uma outras filhoses, deliciosas, que só se fazem no Carnaval.
Ingredientes:
Farinha de trigo
Ovos
Leite
Açúcar
Manteiga
Raspa de limão
Fermento de padeiro
Óleo para fritar
Açúcar e canela
Preparação:
Deite na cuba da batedora, dois ovos, meio decilitro de leite morno em que dissolveu fermento de padeiro, 50g de manteiga derretida, duas colheres de sopa de açúcar e raspa de um limão. Misture tudo e vá juntando a quantidade suficiente de farinha para que a massa adquira a consistência de massa de pão, um pouco mais mole.
Bata durante meia hora, tape e espere que, pelo menos, duplique o volume.
Enfarinhe a massa, separe pequenas quantidades
e tenda-as na mão, esticando-as de modo a que formem uma depressão central mais fina rodeada por um aro mais espesso de massa.
Frite em óleo quente,
virando-as para que alourem dos dois lados, polvilhe de açúcar e canela e, se possível, coma ainda quentes!
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