Se for verdade que isso de ser invejoso leva ao inferno, então serão posts como este do Cupido que me farão arder per omnia saecula saeculorum.
Despeitado o suficiente por não estar a provar aquele Polvo a Ria, lá nas Rias Bajas dos meus encantos, decidi logo mitigar a inveja dando ao gastrópode uma dose suplementar de calor, apuro outonal e lagareiro: forno com ele!
Ingredientes:
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1 polvo grande (congelado)
2+1 cebolas
5 dentes de alho
1 folha de louro
2 dl de azeite
1 dl de vinho branco, seco
Sal, pimenta e pimentão doce
Batatinhas novas q.b.
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Preparação:
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Descongele o polvo e coza-o como quiser. Agora a moda é a cozedura em su suco, dizem-me que resulta mas eu uso o método galego, como escrevi aqui e que resulta de certeza,
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deixando uma textura no polvo que não tem nada a ver com polvo muito cozido.
Unte as batatas com azeite, salpique de sal e ponha-as no forno a 180ºC durante 30 minutos em forno ventilado ou 45minutos em forno estático.
Refogue no azeite a cebola picada, o alho e o louro. Quando alourarem junte o polvo em troços grandes, a pimenta e o pimentão doce.
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Frite o polvo até que fique um pouco caramelizado, levante este caramelo com o vinho branco e apague o lume.
Dê o tradicional murro em cada batata, regue-as e envolva-as no molho do polvo, disponha-as na periferia do tabuleiro, resrvando o espaço central para o polvo. Leve o conjunto a forno quente (180-190ºC) durante 15-20m. Se o molho ficar transparente e fritar durante o tempo de forno, vá juntando pequenas quantidades de vinho branco para que o sabor não agarre à assadeira.
É que este sabor é uma delícia!
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Pensando bem, este foi um almoço que valeu bem as eternas chamas do inferno que me esperam por ter invejado o polvo do Cupido...
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a minha mãe sempre cozeu o polvo sem água e nunca ficou mal. coloca-se o polvo e uma cebola descascada num tacho, tapa-se e leva-se ao lume (baixinho) durante uma eternidade. de vez em quando dá-se uns abanões ao tacho. é suposto estar pronto quando a cebola está cozida.
ResponderEliminarnão fazia ideia que era moda, sempre pensei que fosse a maneira normal.
gostava tanto de conseguir encontrar polvo aqui para as minhas bandas! alguma ideia do que fazer com lulas congeladas e sem tentáculos? é só o que consigo encontrar.
Se a inveja leva ao inferno, nem sei, mas se for deste tipo de inveja, garanto que não, leva-nos todos até ao céu das delicias... é inveja abençoada.
ResponderEliminarAdorei o polvo...
Beijinhos.
Sempre receitas sensacionais e informações úteis.
ResponderEliminarUm abraço
João Mario
A inveja é muito feia e é até um pecado mortal, segundo o livro dos livros.
ResponderEliminarAproveito para dizer que o destino primeiro do meu polvo era acabar loiro, loiro e rodeado de batatas.
Para mim, ainda bem que segui a tua preparação do polvo das Rias Baixas. É muita simplicidade assertiva que se concentra nessa preparação.
Devo referir que o objectivo da "coisa" era mesmo provar o Bétula 2009 e nesta coisa das mariadagens, ele (Bétula) até podia gostar mais do polvo enfornado, mas deu muito boa conta dele com o cozido.
Claro que a tua preparação está supimpa :) e te iliba de arderes no inferno (que isso é tão mito como polvo cozido sem sal)
Desculpe, mas na Galicia o verdadeiro nome e Rías Baixas. Não é precisso traduzir para o espanhol. Já sabe vostede que as nossas linguas são irmás.
ResponderEliminarGosto da su página e de sua cozinha.
Cumprimentos
ai que maravilhoso este polvo
ResponderEliminarnunca cozinhei em casa sempre tive medo por causa do ponto da cozedura