Sobre a origem dos crepes Suzette existem tantas lendas que o mais provável é que nunca se chegue a saber o que realmente se passou em 1895, ou 1896, data do nascimento desta preciosidade que entretanto se espalhou por todo o mundo, ganhou variantes mas manteve sempre esse encanto e espetacularidade originais.
Certo é que a sua origem terá ocorrido na presença do príncipe de Gales e futuro rei de Inglaterra, Eduardo VII e de uma sua amante francesa de momento, uma tal Suzette cuja doçura ou ardores sua alteza decidiu homenagear dando o seu nome à novel sobremesa flamejante, fazendo assim que hoje, mais de um século depois, toda a gente diga, à sobremesa, o nome da real rameira e muitos por certo nem saibam que houve um rei de Inglaterra chamado Eduardo VII.
Foi a pensar num álibi para uns belos crepes Suzette que propus à Ana e ao Cupido o tema “crepes” para esta 38ª Trilogia.
Ingredientes:
Polme para crepes
Sumo de laranja
Manteiga
Açúcar
Licor de laranja (Grand Marnier, Cointreau, Curaçau)
Cognac (ou uma boa aguardente velha)
Preparação:
e vou acrescentando leite aos poucos até ter a consistência lisa e líquida necessária à feitura de um crepe.
Deixe descansar por uma hora.
Frite os crepes deixando-os claros e reserve-os.
Misture com as varas duas colheres de sopa de manteiga mole mas não derretida com a raspa de uma laranja e um cálice de licor. Pincele com esta emulsão um dos lados (o virado para cima) do crepe, dobre-o em 4 partes
e introduza-o numa frigideira onde ferve o sumo de meia laranja, um cálice de licor de laranja, uma colher de sopa de açúcar e meia colher de manteiga.
Vire e deixe embeber bem neste molho até este começar a engrossar.
Regue então o crepe com cognac* e incline a frigideira para o lume “saltar” para dentro, agitando sempre em movimentos circulares.
Se estiver a cozinhar num fogão elétrico terá de chegar-lhe uma chama.
Quando a chama se extinguir,
passe o crepe para o prato de servir e regue-o com o molho que se gerou.
Pode enfeitar com zestes de laranja ou de mil outras formas que lhe dite a imaginação. Pessoalmente gosto deles assim, simples.
Nota: * Geralmente manda a norma que este cognac ou aguardente seja acrescentado com uma parte de licor. Pessoalmente acho que já é licor a mais e além disso compromete a capacidade flamejante do cognac, reduzindo-lhe o grau alcoólico.
Uso por isso apenas cognac na parte do flambé, com bons resultados.
Quem diria, pelo menos a mim, que o Eduardo VII (o do parque) tinha a ver também com os crepes Susette...
ResponderEliminarO que eu gostaria de provar aquele molhinho!!!
Trilogia bonita esta.
Beijinhos.
Belos e assertivos crepes.
ResponderEliminarCrepe Suzete, Aioli, Gazpacho, Geléia de tomates... que blog mais civilizado!
ResponderEliminarParabéns :-)
Boa tarde!
ResponderEliminarEu venho falar da manteiga e para ficar a saber que eu também tenho um sitio aqui ao lado...
Se isso da manteiga resultar, é caso para dizer que você descobriu a pólvora.
Vou experimentar depois volto.
Gostei muito do que vi.
b eugénia