Ser vegan é uma opção de vida, quase uma religião, e ser vegetariano
uma opção alimentar, ambas respeitáveis embora eu não partilhe qualquer delas.
Claro que o facto de não ser
vegetariano e muito menos vegan, não
quer dizer que não aprecie a leveza, a simplicidade, tantas vezes a frescura
dos alimentos do reino vegetal e os pratos deliciosos, equilibrados e completos
que se conseguem sem o auxílio da carne ou do peixe.
Para esta 135ª Trilogia em que eu, a Ana
e o Amândio vamos andar à volta
do tema “vegetariano”, decidi fazer
um prato de couscous e vegetais,
quente, que o tempo já está bom mas ainda sem rigores de calor que faça
apetecer mais frescura no prato.
Com a simplicidade que
caracteriza os pratos de couscous,
chamo a atenção para a introdução de uma novidade na técnica de cozer os couscous que permite obter grãos
totalmente soltos após a cozedura, o que é geralmente impossível sem o recurso
a uma cuscuzeira para cozer a vapor.
Ingredientes:
1 chávena de Couscous
1 c.sopa de óleo
1 chávena de água
1 c.sopa de azeite
Cenoura
Cebola
Alho
Berinjela
Pimento
Ananás
Sal e pimenta
Preparação:
Um couscous perfeito deve ser, depois de cozido, solto como areia
seca. Para alcançar este objectivo, utiliza-se no Magreb um dispositivo de cozimento a vapor a que chamo cuscuzeira, à falta de melhor nome.
Se tiver uma panela de cozer a
vapor em que a perfuração do fundo do “andar” superior consiga reter couscous seco, utilize-a, revolvendo o couscous à medida em que for cozendo. Se
não tiver esta panela, terá de fazê-lo pelo método de mergulhá-lo em água
quente e é esse método, o mais usual entre nós, que iremos aperfeiçoar até
conseguirmos um couscous de qualidade magrebina, solto como areia.
Para isso, recorrendo a uma técnica
muito comum para a obtenção de arroz solto, vamos olear o couscous adicionando uma colher de sopa de óleo a cada chávena de couscous seco e trabalhá-lo com os dedos
até toda a sêmola estar oleada e o óleo ter sido absorvido pelo couscous, o que acontece em poucos
minutos. Deite este couscous oleado,
em chuva, sobre o seu volume de água fervente temperada com sal, tape e aguarde
quinze minutos.
Solte-o com um garfo e reserve.
Salteie num pouco de azeite, a
cebola, cenoura, alho e pimento. Tempere de sal e pimenta preta.
Junte depois a berinjela e o
ananás
e deixe cozinhar apenas o suficiente para que a beringela fique no ponto
de cozedura a seu gosto.
Envolva os couscous com os vegetais e sirva.
Ai Luís, Luís que os meus ficam-me todos colados... também só tentei duas vezes e a falta de jeito mora por aqui.
ResponderEliminarLindos os teus!
Beijo.
Apetece-me!
ResponderEliminarRevejo-me no posto, não sendo vegetariana ou vegan, também aprecio cozinha vegetariana
ResponderEliminarOlá Luís.
ResponderEliminarO "Outras Comidas" é uma descoberta recente da qual tenho usado e abusado. Este comentário é so para agradecer: obrigado.
Por exemplo, achava as minhas pizzas boas (sou dos que não gostam nada das pizahútes) mas os truques finais que daqui tirei resultaram em pleno.
Vantagens de vivier no campo, a Tia Alda acabou de me deixar à porta um balde de ervilhas acabadas de apanhar. Vamos ver como me saem os ovos...
Olá Luis, gosto muito dos textos de seu blog. É um dos poucos que realmente mostra cada passo de uma receita. Parabéns.
ResponderEliminarGostaria de recomendar a leitura da crônica "Ceviche em Valdívia", novo post de meu blog "A vida é um prato sem receita" (http://avidaeumpratosemreceita.wordpress.com/)
A vida é um prato sem receita - conversas enquanto se cozinha, papos enquanto se come – são histórias das pessoas que encontrei e dos pratos típicos que provei. Viajo há um ano pela América do Sul. Passei por Uruguai, Argentina, Chile e Peru, onde escrevo. O plano é chegar a Venezuela até o fim do ano.
A ideia do blog vem da generosidade das pessoas. Aconteceu algumas vezes: um encontro fortuito se transforma em um convite para uma refeição, em que me oferecem histórias e comidas. Tudo que faço é apreciá-las.
Um abraço brasileiro