É muito
raro que uma publicação de blogue me faça ir a correr fazer algo doce.
Na verdade tenho até feito algum esforço para ir incluindo
alguma doçura no Outras Comidas, depois de anos como o de 2010 em que o açúcar
apenas aqui esteve presente menos de meia dúzia de vezes o que motivou alguns
reparos, com razão.
Desta vez, no entanto, não houve qualquer dúvida: havia
que tentar de imediato a espantosa simplicidade destas amêndoas cobertas,
propostas pela Leonor num post deslumbrante de encanto e bom gosto, que me seduziu
a ponto de vencer, desta vez, uma certa inibição reverencial face ao nível profissional
das propostas do Flagrante Delícia, que eu tantas vezes acho inatingíveis para
o meu incipiente nível doceiro.
Cinco minutos, quase nada de ingredientes, é tudo o que é
preciso para estas amêndoas deliciosas (também dá com outros frutos secos), uma
simplicidade flagrante para uma “flagrante” Páscoa.
Ingredientes:
100g de amêndoas cruas e com casca
125g de açúcar
50 ml de água
Preparação:
Ponha todos os ingredientes
num recipiente de fundo espesso e leve ao lume.
Quando a água se evapora e o açúcar ganha ponto, vá sempre
mexendo com a colher de pau até que o açúcar, ao atingir o ponto de rebuçado,
começa a arear e a pegar-se às amêndoas.
Continue a mexer sempre até todo o açúcar
ter aderido aos frutos e vaze-os para arrefecerem sobre papel vegetal engordurado, para que não peguem.
Boa Páscoa!
Sem dúvida umas amêndoas bem gulosas! Eu também adoro o blog da Leonor. Simplesmente divinal :) Boa Páscoa!
ResponderEliminarCaro Sr. Luís Pontes,
ResponderEliminarcomo é o primeiro comentário por estes lados, gostaria desde já felicitá-lo pelo blog. Sou um leitor relativamente recente, apenas com algumas semanas, que tem tentado colocar toda a leitura em dia e vai clicando todos os dias no site do blog, esperando ver mais um post novo.
Também pouco mais de umas semanas é o tempo que possuo na cozinha até agora. Pelo meio de uma das suas leituras, um dos posts que me ficou mais na cabeça foi o acém.
Hoje, sem nada para comer, lá fui atrás dos mercados e hiper-mercados todos a ver se arranja um pedacinho de carne para trincar e cruzei-me, finalmente!, com o acém. Pedi um pedaço.
Ao contrário da sua receita, optei por simplesmente grelhá-lo e é esse o momento que me trouxe a este comentário, pois gostaria que, caso possa, me elucidasse face ao aspecto da carne quando bem cozinhada.
Coloquei-o quente no grelhador, cerca de 3 minutos de cada lado.
Momento em que decidi provar um bocado e fiquei perplexo com a suculência do bife. Mas a meio a carne estava muito vermelha/rosada.
Eu só fã de carne bem passada. Foi a primeira vez que consegui apreciar um bife ainda tão vermelho por dentro, embora tenha colocado mais um pouco na frigideira.
No entanto, gostaria de perguntar-lhe se aquele aspecto vermelho é da carne, teoricamente, no ponto ou ainda não? Quanto tempo acha que ele deve ficar a grelhar? Coloca-o em o grelhador bem quente e depois baixa a temperatura?
Por fim, realçar apenas que o bife tinha a altura de um dedo.
(Bolas! Ficou um post grande!)
Um abraço e boa páscoa ;)
Caro Jorge,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras e visita.
O acém (redondo)é a minha carne preferida, principalmente quando é já de novilho e tem todos aqueles veios gordos que lhe dão o sabor.
Agora quanto a técnica, a única coisa que deve respeitar é a temperatura a que a peça deve ter o primeiro contacto com a chapa ou frigideira, que deve ser bem alta (atenção à gordura usada no caso de fritura, banha ou azeite)de modo a que a selagem se dê depressa e os sucos fiquem dentro
da carne.
Quanto ao resto, e atrevo-me a dar~lhe este conselho já que diz da sua chegada há pouco à cozinha, rejeite "técnicas", "pontos ideais", etc., isso é apenas expressão de quem adora ditar regras e que acaba por fazer dessas "regras" uma espécie de politicamente correcto da cozinha.
A arte de cozinhar é conseguirmos fazer a comida adaptada ao nosso gosto e, Jorge, nunca deixe que alguém lhe queira ensinar aquilo que você "deve" gostar. 3 minutos pode ser pouco para si, que gosta de carne bem passada e será de certeza uma eternidade para mim que gosto dela em sangue, e vermelho, não rosado!
Experimente, experimente e volte a experimentar, mas por si; assim acabará por encontrar a sua cozinha e os seus sabores e não os sabores de outrem. É a razão porque eu raramente indico quantidades nos Ingredientes das minhas receitas: isso é algo que deixo ao bom senso e ao gosto de quem a faça e que certamente terá todo o prazer em provar a sua receita e não uma cópia da minha.
Apareça sempre boa sorte para essa sua aventura que agora começa.
Bom dia.
ResponderEliminarObrigado pela resposta.
De certa forma, esperava uma resposta similar, visto que já me havia sensibilizado para esse ponto :)
Hoje vou experimentar comê-la bem vermelha por dentro, afinal às vezes os nossos gostos mudam (eu que o diga ao longo dos últimos meses)!
Abraço