Nessa altura comprei uma máquina de pão, que isso de amassar a braço é muito engraçado para uma vez mas quando a "graça" se vai, passa a ser heroísmo a que não sou dado.
domingo, 31 de outubro de 2010
Pão com Azeitonas e Farinheira
Nessa altura comprei uma máquina de pão, que isso de amassar a braço é muito engraçado para uma vez mas quando a "graça" se vai, passa a ser heroísmo a que não sou dado.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Capilé
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Bochechas de porco panadas
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Fontanário de Pegões 1998 e Tibornada
domingo, 24 de outubro de 2010
Roupa Suja
Sirva sem demora.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
3 notas açoreanas
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Chícharos com Bacalhau e Broa
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Tem algumas semelhanças com o tremoço e com o grão e um sabor delicado que ficará algures entre o grão e a lentilha, é um produto que ainda não entrou nos circuitos comerciais nem da distribuição e que hoje está a ser reabilitado pelo esforço da autarquia de Alvaiázere (que promove anualmente um festival gastronómico do chícharo), depois de se ter receado pela sua extinção dado o abandono em que o seu cultivo caiu entre os anos 60-80 do século passado. Hoje, mercê desse esforço existem já umas duas dezenas de receitas recentes com chícharos, embora tradicionalmente, fosse consumido pelos animais e, nas muitas épocas de fome pela gente também, acompanhando bacalhau assado e em migas de chícharos.
Nota*: Ao seguir o link indicado pelo site PetitChef para a tal Luísa Alexandra, apareceu-me sempre um estranho blog comercial de bimbys, roupas, artefactos de cozinha que eu nem sei para que servem, etc. Na impossibilidade de lhe agradecer a receita no seu blog, aqui fica feito o agradecimento.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Feijoada de Coelho
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
1º Jantar do PROJETO L
................... Toda a gente teve sonhos.
Uns, a determinada altura da sua vida decidiram assentar bem os pés na terra e mandá-los às urtigas; outros, como eu, envelheço alegremente sem esquecer os tempos de meninice em que sonhava ser o Mandrake (e com propósitos inconfessáveis!), depois na adolescência (e até hoje) a ver-me a ser como Corto Maltese (assim esbelto e tudo), depois a sonhar que um dia hei-de ir jantar ao El Bulli ou ao Noma, quando, em breve, for rico suficiente para isso.
Claro que nunca irei ao Bulli, ou ao Noma, ou à Osteria Francescana, ou ao D.O.M., porque é muito mais provável que nunca chegue a rico (na verdade é coisa que não procuro!) e, além disso, vejo os ricos que conheço muito mais ocupados a ser ainda mais ricos que irem comer a comida do Adriá, do René Redzepi, do Massimo Bottura ou do Alex Atala.
Mas claro que nunca se sabe…
Hoje o sonho travestiu-se de jantar e Alex Atala, pela mão do Eduardo Luz, trouxe o seu D.O.M. de S. Paulo até Lisboa e aqui presidiu ao primeiro jantar da série L.
Das receitas escritas por sua mão já aqui vos dei notícia. Este foi o jantar:
…que começou com uma entrada bem estranha e improvável, a misturar sabores tão diferentes como palmito de popunha, raiz forte, vieiras, shoyu e coral de vieira, algas e lula!
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Para dizer a verdade este jantar começou com um erro monumental e de palmatória, erro de principiante deslumbrado, de quem segue receita de mestre e pensa que receita é cânone esquecendo que uma receita é apenas o reflexo do gosto de quem a criou e que, qualquer comida deve ser feita ao nosso gosto.
Se eu acho (e já achava antes!) que wasabi estraga sempre qualquer sushi e a única coisa espetacular que provoca é lágrima e borrar tudo o que é sabor delicado sob o seu amargo picante e pungente, usar “raiz forte”, que é a matéria prima original do wasabi, entre a deliciosa e delicadíssima carne de vieira, só podia dar asneira, e deu!
Bonito mas muito mauzinho de sabor, fez-se uma reedição em que se realçou a combinação vieira-palmito com uma emulsão de azeite e shoyu, tudo se compôs e aprendeu-se a esquecida lição.
Finda a acidentada e repetida entrada, veio a “piéce de resistance” deste jantar, a Galinha de Angola Lutté, que, apesar de não ser a dita, que não havia por aqui, se fez representar por uma bela e campesina Galinha de Portugal e que, após os tratos culinários prescritos
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e polvilhada por uma farofa monumental, acabou comida de chorar-por-mais.
E ainda vinha aí o bolo da D. Palmira…
….que é um bolo bem estranho, feito apenas com ovos, açúcar, castanha do Pará, pão ralado e… caril.
De confeção algo difícil, só resultou à segunda tentativa, depois de um arrefecimento invertido, como nos chiffons. Talvez o problema tenha a ver com o facto de ter usado noz em vez de castanha do Pará, fruto de uma árvore da lista vermelha de espécies em perigo pela recoleção desenfreada das suas sementes e que não poderia figurar num blog com pretensões ambientais e de sustentabilidade como este.
Mas a troca das nozes não impediu que tivesse ficado uma delícia, com a sua superfície caramelizada a maçarico e encimado com gelado que deveria ter sido de whisky mas foi de rum, que era o que havia à venda e eu não tenho máquina sorveteira.
Estando só dois comensais e havendo que trabalhar na manhã seguinte, fez-se a refeição acompanhar, e bem, por um tinto Terra Alta, uma sub-região na costa de Valência com vinhos muito especiais e personalizados.