Até há poucos anos, quando por cá se falava em sopa fria, era em gaspacho que se pensava de imediato, fosse o alentejano, fosse o andaluz.
Depois, foram-se introduzindo diversas novidades e experiências, muito baseadas no uso de frutos e de crus, a refrescar os nossos Verões, embora sem chegarem a obter um verdadeiro estatuto de hábito alimentar.
Bem acima de todas estas tentativas, serena na sua inatacável posição de rainha das sopas geladas, a Vichyssoise é, desde há quase um século, um prato que define a sensibilidade de quem cozinha, uma sopa de nuances e pormenores em que a perfeita execução não é, por vezes, o bastante e a transformam numa verdadeira “prova de fogo”, apesar de fria, só ao alcance de alguns,
Inventada em Nova Iorque, em 1917, por Louis Diat, então chefe do requintadíssimo Ritz-Carlton, diz uma lenda que por divina inspiração deste grande chef, diz outra que por não ter havido tempo para aquecer um puré de alho-porro, continua hoje a valer a pena investir no cuidado e carinho com a preparamos, depois recompensado pela degustação de um dos sabores de nota fresca mais requintados e inesquecíveis de toda a Alta Cozinha.
O “segredo” da Vichyssoise é, como em quase tudo na vida, a questão sempre difícil do equilíbrio: a Vichyssoise perfeita é aquela de quem nunca se diria “tem batata” ou “tem alho-porro”, sinal evidente de que tem demais de uma ou de outro.
Ao contrário, se, à primeira colherada, vir surgir uma expressão de incredulidade deliciada e uma evidente impossibilidade descritiva, pode crer que atingiu a plenitude da sua Vichyssoise!
Ingredientes:
2 Alhos-porros
4 Batatas pequenas
1 Cebola média
Caldo de carne
Sal
Pimenta
2 Colheres de sopa de Manteiga
200ml de Nata espessa
Cebolinho
Preparação:
Rejeite todas as partes verdes do alho-porro e corte o branco em rodelas finas.
Salteie estas rodelas na manteiga, em lume médio, sem chegar a alourar. Junte então as batatas em rodelas finas e a cebola reduzida a sumo, dê ainda umas voltas ao conjunto e cubra com caldo de carne. Este caldo pode ser feito a partir de bovino ou de aves, mas nunca da mistura de ambos.
Deixe levantar fervura, baixe o lume para o mínimo, tape e deixe a fervinhar durante duas horas.
Passe tudo no copo liquefactor até estar completamente liso. Se houver alguma dúvida passe no passador chinês. Junte um pouco de pimenta branca acabada de moer, muito pouca na verdade, e rectifique o sal tendo em atenção que a Vichyssoise é uma sopa ligeiramente insonsa. Ponha a gelar na parte mais fria do frigorífico.
Antes de servir, misture as natas e homogeneíze com a varinha.
Polvilhe com cebolinho cortado fino.
Depois, foram-se introduzindo diversas novidades e experiências, muito baseadas no uso de frutos e de crus, a refrescar os nossos Verões, embora sem chegarem a obter um verdadeiro estatuto de hábito alimentar.
Bem acima de todas estas tentativas, serena na sua inatacável posição de rainha das sopas geladas, a Vichyssoise é, desde há quase um século, um prato que define a sensibilidade de quem cozinha, uma sopa de nuances e pormenores em que a perfeita execução não é, por vezes, o bastante e a transformam numa verdadeira “prova de fogo”, apesar de fria, só ao alcance de alguns,
Inventada em Nova Iorque, em 1917, por Louis Diat, então chefe do requintadíssimo Ritz-Carlton, diz uma lenda que por divina inspiração deste grande chef, diz outra que por não ter havido tempo para aquecer um puré de alho-porro, continua hoje a valer a pena investir no cuidado e carinho com a preparamos, depois recompensado pela degustação de um dos sabores de nota fresca mais requintados e inesquecíveis de toda a Alta Cozinha.
O “segredo” da Vichyssoise é, como em quase tudo na vida, a questão sempre difícil do equilíbrio: a Vichyssoise perfeita é aquela de quem nunca se diria “tem batata” ou “tem alho-porro”, sinal evidente de que tem demais de uma ou de outro.
Ao contrário, se, à primeira colherada, vir surgir uma expressão de incredulidade deliciada e uma evidente impossibilidade descritiva, pode crer que atingiu a plenitude da sua Vichyssoise!
Ingredientes:
2 Alhos-porros
4 Batatas pequenas
1 Cebola média
Caldo de carne
Sal
Pimenta
2 Colheres de sopa de Manteiga
200ml de Nata espessa
Cebolinho
Preparação:
Rejeite todas as partes verdes do alho-porro e corte o branco em rodelas finas.
Salteie estas rodelas na manteiga, em lume médio, sem chegar a alourar. Junte então as batatas em rodelas finas e a cebola reduzida a sumo, dê ainda umas voltas ao conjunto e cubra com caldo de carne. Este caldo pode ser feito a partir de bovino ou de aves, mas nunca da mistura de ambos.
Deixe levantar fervura, baixe o lume para o mínimo, tape e deixe a fervinhar durante duas horas.
Passe tudo no copo liquefactor até estar completamente liso. Se houver alguma dúvida passe no passador chinês. Junte um pouco de pimenta branca acabada de moer, muito pouca na verdade, e rectifique o sal tendo em atenção que a Vichyssoise é uma sopa ligeiramente insonsa. Ponha a gelar na parte mais fria do frigorífico.
Antes de servir, misture as natas e homogeneíze com a varinha.
Polvilhe com cebolinho cortado fino.
3 comentários:
Esta é o que eu chamo de sopa chic...
Como sempre adorei a sua forma de escrever.
Beijo.
um espectáculo!!!
quem me conhece sabe que eu sou fã de sopas.
gostei da sua nova foto, sem barbas fica com um ar mais novo.
Pois, uma magnífica sopa. É curioso que as sopas com natas ficam sempre uma maravilha (lembrei-me agora de uma mulligatawny que fiz há uns tempos).
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