Diz-se que todos os sabores que sentimos, são combinações de quatro impressões fundamentais: doce, amargo, salgado e ácido.
Agridoce (acre + doce), o tema desta 50ª Trilogia com a Ana e o Cupido, designa uma tonalidade sápida obtida pela reunião de elementos doces e ácidos mas, em culinária prática, chama-se tom agridoce a qualquer combinação de doce com amargo, salgado ou ácido.
Para esta receita, que se queria agridoce à força, escolhi um conjunto de ingredientes e acompanhamentos que permitissem desfrutar de diferentes formas o tema da refeição.
A carne de porco (doce) destes grossos nacos transversais da rabadilha foi demoradamente impregnada com uma pasta de caril muito sui generis, o biryani, que é uma variedade já por si agridoce, depois ao ser grelhada fornece amargo, por fim caramelizada com mel e acompanhada por um puré de batata doce acidulado com balsâmico e por um chutney de ananás e pimento que fiz há mais de 3 anos e que guardei ciosamente até hoje (está quase a acabar), estando agora uma preciosidade indescritível, daquelas que o tempo cozinhou, que emocionam e que se hesita em engolir, de tão bom.
Ingredientes:
Carne da rabadilha de porco, muito grossa
Pasta Biryani (médium ou hot)
Sal
Mel
Batata doce amarela
Natas frescas
Pimenta preta
Vinagre balsâmico
Preparação (2 pessoas):
Corte transversalmente de uma rabadilha de porco, dois bifes com 2-3cm de espessura.
Barre dos dois lados com pasta de caril Biryani
e deixe algumas horas a macerar.
Tempere com um pouco de sal (verifique a quantidade de sal do Biryani que utilizar, que por vezes é muita) e leve à chapa lisa com calor moderado durante cerca de 10 minutos,
depois levante o calor de modo a que a pasta torre e se torne castanho muito escuro.
Barre dos dois lados com pasta de caril Biryani
e deixe algumas horas a macerar.
Tempere com um pouco de sal (verifique a quantidade de sal do Biryani que utilizar, que por vezes é muita) e leve à chapa lisa com calor moderado durante cerca de 10 minutos,
depois levante o calor de modo a que a pasta torre e se torne castanho muito escuro.
Retire a carne, sacuda restos da pasta que lhe estejam agarrados, limpe a chapa e volte ao lume médio, desta vez pincelando repetidamente com mel e virando,
de modo a que este mel caramelize e dê à carne um tom bronzeado intenso e uma doçura que contraste com o amargo, ácido e picante do Biryani.
Sirva com um puré feito de batatas doces cozidas em água e sal, esmagadas grosseiramente, temperado com pimenta, aveludado com nata fresca e borrifado já no prato com vinagre balsâmico e um chutney caseiro.
Sirva com um puré feito de batatas doces cozidas em água e sal, esmagadas grosseiramente, temperado com pimenta, aveludado com nata fresca e borrifado já no prato com vinagre balsâmico e um chutney caseiro.
3 comentários:
Tb me tenho andado a deliciar com um chutney de tomate e gengibre com 1 ano e muitos meses. É verdade que o tempo passa e ele cada vez fica melhor. :)
Este ano já fiz mais, está a a "amadurecer".
Acreditas que nunca fiz um chutney? Muito mais do que o porquinho agridoce o teu fez-me crescer água na boca e despertar a pulga que vive atrás da minha orelha.
Parabéns a nós pela 50ª...
Beijinhos.
Lançaste o tema, tinhas que brilhar, naturalmente. Valeu a pena e teremos que voltar, com pequenas diferenças, como o uso de frango ou perú :)
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