sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Arroz de Feijão



            É normalmente usado como acompanhamento, quer de peixe e moluscos, quer de carne, mas eu gosto mesmo é da volúpia dele só, sem outros sabores a atrapalhar a sobriedade do feijão e dos fumeiros, tudo a envolver a suavidade do arroz carolino.
Falo, naturalmente, do Arroz de Feijão.
Sempre que cozo um quilo de feijão, que é a dose habitual e que fica depois de cozida, congelada para se usar quando necessário, retiro uma pequena parte e faço um arroz de feijão só para mim, assim simples e com a humidade que mais gosto para este arroz, húmido apenas o suficiente para não ser seco, mas nada dos caldos que agora são moda seja para que arroz for, como se só o malandrinho fosse filho de gente.

Ingredientes:

Arroz carolino
Feijão cozido e seu caldo
Azeite
Cebola, alho, louro
Sal e pimenta
Salsa e rama fresca de alho
Chouriço de carne e presunto ou bacon

Preparação:

Aloure a cebola e o alho, juntamente com uma folha de louro, em azeite.
Junte depois chouriço em rodelas, presunto ou bacon, salsa, folhas verdes de alho e feijão.
Envolva tudo e adicione então uma medida de arroz carolino, 
uma medida de caldo de cozer o feijão e uma medida de água. Mexa, tape e deixe por cerca de 13-14 minutos em lume mínimo.
Sirva logo, enquanto o arroz conserva alguma humidade, mas sem escorrências.


3 comentários:

Isis disse...

Olá Luis,

Visito o seu blog diariamente e gosto do que encontro. A forma intimista como trata os alimentos que cozinha é muito interessante e faz-me pensar que afinal não só eu a ter esta relação tão intensa com a comida.
A receita do arroz de feijão é deliciosa e sei a que sabe pois também o faço assim, no entanto tenho uma dúvida, onde encontra as folhas verdes de alho?
Obrigada.

Isabel Salvador disse...

Bem diferente sem dúvida, deve ter ficado muito bom.

Luís Pontes disse...

Isis,
Realmente só é fácil encontrar em meio rural, embora por vezes apareçam em mercados, molhos de cebolas ou alhos ainda em formação. Na época das favas existem nos mercados pois faz parte, com os coentros espigados, do ramo de cheiros das favas à portuguesa. No meu caso, arranjei porque tenho uma pequena horta urbana em Lisboa, mas penso que não será essencial e pode sempre usar aqueles rebentos verdes que sempre acontecem aos nossos alhos e sabem ao mesmo.(para dizer a verdade, só usei porque durante a "sacha" dos alhos, cortei inadvertidamente um e como gosto do sabor...)