quarta-feira, 22 de junho de 2011

Queijada de Coco e Tâmaras

         A ideia do Cupido para tema desta 33ª Trilogia comigo e com a Ana, o coco, apanhou-me algo desprevenido. É que o coco é assim como que parente pobre  entre os ingredientes na minha cozinha e não é raro que, quando o vou buscar a algum pacote aberto há mais tempo que o devido, tenha de ir para o lixo e lá vá eu comprar outro que não esteja rançoso.
Fora o leite do dito, que uso quase só em caril, e uma ou outra tirita do fruto fresco comprada nalguma rua de destino de férias, aos vendedores ambulantes, o uso era bem pouco, a última vez que usei coco ralado foi para as broas castelar, no Natal.
Assim, a ideia veio de uma proposta do Miguel, no Cozinha sem Tabus, uma tarte de coco e tâmaras que lhe saiu com um ótimo aspeto e que foi mote para esta queijada que, de facto, acabei por criar de raiz e ficou uma maravilha húmida e voluptuosa, daqueles bolos que se deseja que não acabem.
Ingredientes:


250g de Requeijão
250g de Açúcar
250g de Tâmaras
6 Ovos
150g de Coco seco ralado
120g de Farinha
125g de manteiga


Preparação:


Bata as gemas com o açúcar até ficarem fofas e brancas. Junte então as claras e a manteiga amolecida e continue a bater com as varas até estar uniforme, altura em que adiciona o requeijão e o coco.
Bata até estar liso e junte por fim a farinha peneirada. Envolva rapidamente e leve em forma de aro untada ao forno quente (200ºC), por cerca de 10m, altura em que a superfície começa a tomar cor. 
Retire e decore com meias tâmaras sem caroço, polvilhe de açúcar e volta ao lume médio (160ºC) até estar cozido (palito seco ao meio).
Pincele a superfície com uma geleia diluída, para dar brilho à fruta e espere que arrefeça para desenformar.
É um bolo denso e húmido, com a textura especial dos bolos e queijadas de requeijão, que só ganha se utilizar requeijão de ovelha.

5 comentários:

moranguita disse...

por acaso adoro coco nos bolos e este nao me parece nada mal
vou guardar a receita
beijinho

Martinho de Almeida disse...

Caro Luís:
Cheguei do Brasil, onde consegui arranjar o que considero um manjar de deuses - uma botarga,passe o neologismo,no Mercado De Ver o Peso em Belém do Pará a um preço que nada tem a ver com o Petrossian.O que mais me espanta nesta iguaria é que foi trazida para Portugal pelos Fenícios e as Fataças abundem, nomeadamente no estuário do Sado, não haja quem apresente esta conserva com origem nacional. Se a quremos temos de a comprar em espanha - as huevas de Mujol.
Porém fazer a botarga em casa não me parece difícil - é só comprar aos pescadores artesanais as fataças que são baratíssimas. Pôr as ovas ao sol devidamente salgadas, encher umas boas tripas de porco com o produto e a coisa está feita. Pessoalmente nunca o fiz pois habituei-me a estas brasileiras que são óptimas.
Porém e como sempre, e também porque cheguei do Brasil, quero deixar-lhe uma pergunta - é possível maturar carne da vaca recorendo apenas a meios artesanais, ou seja mandar meter a carne no vácuo e metê-la no frigorífico a uns 2ºcelsius durante umas duas semanas? "Bàsicamente" é o sistema utilizado pelos " frigoríficos" brasileiros. Infelizmente, tal forma de tratar a carne não é permitida pela nossa lei - porém
digo-lhe uma peça maturada num bom Frigo do Rio GRande do Sul é de comer e morrer por mais ...
Grande abraço deste seu assíduo leitor e quando pode seguidor

Martinho

xunandinha disse...

Bom ,está com muito bom aspeto, vou tirar uma fatia para acompanhar o meu café.Parabéns

anna disse...

Por aqui cheira a férias...
Bela tarte!
Beijinhos.

cupido disse...

Mais uma que se cumpriu. Agora é ver o que sai na próxima quarta :)