Panqueca virada!
BANANA PANCAKE !
Quando eu, às vezes, digo que vou anotar esta ou aquela receita, é normalmente mentira: digo-o por delicadeza ou apenas por ser mais cómodo. Na verdade, para mim só há dois tipos de receita – as raras que, pela sua inovação, criatividade, ousadia ou até rigor histórico/cultural, me despertam o desejo de fazê-las – a essas apreendo-as pelo conceito e faço-as com a alegria de quem recria e redescobre – não é preciso anotar nada, e as outras, “pastiches” mil vezes repetidas e recopiadas com esta ou aquela alteração picuinhas a querer dar graça ou fingir inovação.
Serve esta introdução mazinha para justificar um pedido de desculpas àquela (era um post definitivamente feminino) que há alguns meses, com um delicioso texto que falava de Jack Johnson, de zen e de “banana pancake” , me iniciou nesse universo esplendoroso de pequenos-almoços de panquecas fofas com sabor a banana. Como não anoto nada e sou caótico por natureza, chegada a altura de prestar os devidos créditos vou ter de passar pela humilhação de homenagear alguém que não consegui descobrir mas que relembro a cada pequeno-almoço de “Banana Pancake”.
Ingredientes:
3 ovos
250g de farinha para bolos
1 pitada de sal fino
50g de manteiga derretida
3 colheres de sopa de açúcar, bem cheias
1 colher de café de bicarbonato de soda
1 colher de sobremesa de sumo de limão
1 banana bem grande e madura, ou duas mais pequenas.
Leite
Preparação:
Separe as gemas das claras. Bata as claras em castelo firme com uma colher de sopa do açúcar. Esmague a banana com um garfo e bata com todos os restantes ingredientes à excepção do sumo de limão. O leite serve para acertar a consistência do polme, quanto mais liquido mais a panqueca ficará parecida com um crepe, mais espesso o polme, mais fofa e alta fica a panqueca. Na verdade nesta questão não vale a pena ser rigoroso pois basta que os ovos sejam maiores ou menores e o resultado sai completamente diferente. Experimente e ajuste, mais vale começar com espesso demais e ter de juntar um pouco de leite que o contrário e ter de juntar farinha que vai ficar feita em grumos!
Depois de bem batido, envolva com as claras, e, por fim, junte o limão mesmo antes de começar a fritar.
Use uma frigideira anti-aderente e lume médio. Ponha uma concha do preparado, rode para espalhar bem, vire quando começarem a aparecer bolhas por cima e deixe alourar.
Simples, com compotas, mel, molho quente de chocolate ou com o xarope de ácer tradicional dos americanos, ou ainda com manteiga ou queijo mascarpone, o problema é mesmo ter de escolher.
Nota:
Esta não é a receita do post do “Jack Johnson” mas o espírito (zen) está aí e ficam deliciosas. Claro que se não estiver para ter trabalho há uns pós à venda que é só juntar leite ... também há caldos de carne e peixe em “cubos muito práticos”, também se pode almoçar um Mac Qualquer Coisa e agora até há uns medalhõezinhos triangulares de pescada que vêm numas couvettes apresentadas por um senhor bem parecido que fala “axim”.
4 comentários:
AMEI, só tenho isso a dizer! rs
Bjo, Glau
Gostei da introdução "mázinha". Também não anoto nada. Quando gosto muito, copio no World.
Agora, Jack Johnson, banana pancake... o Outras ficou pop !
OLá Eduardo,
Podes descansar que o Outras não ficou Pop, não!
A referência foi apenas porque foi assim que a dita panqueca foi apresentada pela (esquecida) autora do post.
E se a "banana pancake" (música) é a xaropada que se sabe, já a panqueca de banana, quentinha, a escorrer manteiga derretida, é de chorar por mais!
Abraço
Eu preciso anotar, pois minha experiência na cozinha se resume a alguns finais de semana na cozinha desde 2006... Então, vai pro computador esta receita, vou ter que experimentar! ;-)
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