O nosso apetite insaciável por peixe e a ganância de indústrias cada vez mais poderosas e sem escrúpulos que não sejam os do lucro desenfreado e imediato, transformou os oceanos, berço e suporte de toda a vida, em desertos explorados até à exaustão total.
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Numa altura em que, por todo o mundo, a ordem "democrática" predominante faz com as prioridades de quem governa sejam os seus interesses pessoais, a eleição e a reeleição, impedindo assim qualquer medida realmente eficaz mas necessariamente impopular, a última esperança, se é que ainda há lugar para alguma, poderá estar nas mãos de quem detém o verdadeiro poder económico global: o consumidor, nós!
Ninguém pescará o que o consumidor recusar comprar! As leis de mercado também funcionam ao contrário.
Claro que este poder põe-nos nas mãos uma responsabilidade tremenda, na realidade uma responsabilidade final e desmesurada com que lidamos pela primeira e talvez última vez, se não agirmos agora e bem.
Mas que ninguém diga que não sabia!
A Greenpeace é uma ONG (organização não-governamental), maldita em todos os quadrantes políticos, da extrema-direita à extrema-esquerda, que não lhe perdoam a não sujeição a ideologias e programas e os métodos interventivos e espectaculares.
Em Portugal, a Greenpeace tem desenvolvido uma tentativa de sensibilização junto da grande distribuição estabelecida em Portugal no sentido da identificação de espécies à venda e sua sustentabilidade.
As espécies mais ameaçadas, as que necessitam da nossa intervenção urgente, são também as que mais arreigadas estão nos nossos hábitos alimentares.
Alabote
Atum
Bacalhau
Camarões
Espadarte
Linguado
Peixe-Espada Branco
Redfish
Pescada
Raia
Salmão
Solha
Tamboril
Tubarões
2 comentários:
Felizmente existem marcas de atum enlatado que praticam uma pesca sustentável.
Já o camarão e o salmão, a maior parte das vezes, cá em Portugal é de aquacultura. O problema é que as opiniões dividem-se: há quem defenda a aquacultura como a situação mais viável para evitar a extinção do pescado selvagem, mas outros são grandes detratores, acusando-a de ter custos enormes a nível ambiental, por ser altamente poluidora.
Pipoka:
Infelizmente, o que essas marcas querem dizer com "pesca sustentável" é que, por o atum estar virtualmente extinto no Mediterrâneo e Atlântico, devido a pesca selvagem, agora voltaram-se para o saque do atum do Pacífico e para a engorda de atuns juvenis no mediterraneo,(este para consumo no Japão), em jaulas costeiras, apanhados por arrasto nos fundos , dado que não se reproduzem em cativeiro.
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