Este frango do campo foi comprado no supermercado e tinha outro destino pensado.
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Foi ao chegar a casa que, ao tirar-lhe os miúdos que vinham lá dentro, saiu um saco com o sangue do desgraçado, devidamente envinagrado e tudo. Isto só acontece às vezes, na maior parte dos casos não vem sangue nenhum e foi tomado como sinal para alterar o destino do bicho.
Ia ser cabidela, pois claro!
Fez-se só metade, dado que cabidela, por aqui, só é consensual para dois.
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Ingredientes:
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1/2 Frango do campo
1 Cebola
3 ou 4 dentes de Alho
1 Malagueta
1 ou 2 folhas de Louro
Pimenta Preta
2 Cravinhos
1 copo de Vinho Tinto
Sal
1 Chávena de Arroz Carolino
Azeite
Sangue envinagrado
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Preparação:
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Parta o frango em bocados grandes, pelas articulações para evitar esquírolas.
Parta o frango em bocados grandes, pelas articulações para evitar esquírolas.
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Num fundo de azeite, refogue até alourar a cebola, alhos, malagueta inteira, louro, cravinho e pimenta.
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Introduza então o frango e deixe selar em lume esperto. Junte então o sal e o copo de vinho e, ao levantar fervura, baixe para mínimo, tape e deixe cozinhar o tempo necessário à idade do galináceo.
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Quando o frango estiver cozido, mas não demasiado cozido, retire-o do caldo e desosse-o. Reserve a carne no frigorífico ou até no congelador para que esfrie bem.Avalie então o volume de caldo existente na panela, acrescente água para perfazer duas chávenas e, quando ferver, ponha o arroz, mexa e deixe cozer no lume mínimo.
Quando estiver cozido e apenas húmido, junte o sangue, mexa e leve ao lume a cozer por mais um ou dois minutos. Aqui, dependendo do gosto pessoal e da quantidade existente de sangue, poderá acrescentar um pouco de líquido de forma a tornar a cabidela mais molhada. Pessoalmente gosto dela cremosa mas sem escorrências e o sangue chega-me.
Junte por fim o frango frio, cuja missão é parar o cozimento do arroz e impedir que a cabidela seque e sirva.
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Nota: É costume salpicar-se a cabidela com salsa picada, o que dá uma cor ao conjunto. Por mim gosto dela assim sangrenta sem disfarces: isto é um prato de sangue!
4 comentários:
Lembro-me de em pequeno existirem sempre duas travessas qd se fazia este prato em casa. Uma de arroz com sangue e outra de arroz sem sangue...
Eu na altura misturava uma colher de cada..
Interessante o pormenor de desossar e arrefecer o frango. Adoro uma cabidela bem feita, entendendo-se o "bem feita" como feita com um bom frango ou galinha, já que é muito fácil de executar, mas se sobra (e o mais certo é sobrar) é um daqueles pratos que perde a piada se aquecidos.
Eu não sou fã de cabidela, embora a minha mãe fizesse uma de galinha a que era difícil resistir... agora eu, nunca fiz.
Beijinho.
Eu sou fã de cabidela! Há bastante tempo que não como mas essa abriu-me o apetite..
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