É a parente rápida da pizza, de quem guarda uma similitude
qualitativa completa, mas, ao contrário desta, a bruschetta (diz-se bruskêta) é uma preparação
rápida e sem tempos de espera.
Tratando-se de aplicar a uma fatia de pão ingredientes que
vão depois, juntos, a gratinar, a bruschetta permite uma latitude infinita na
sua composição e, na verdade, apenas os limites da imaginação e da criatividade
a poderão limitar.
Tal como nas pizze, a maioria das bruschette têm o tomate
como ingrediente básico, o que a torna uma preparação que tem tudo a ganhar com
o uso de tomate maduro da época, ou seja, no Verão. Faço por isso nesta altura
um esforço para aproveitar o belíssimo tomate maduro português e, já que como bruschette
todo o ano, reservo para o tempo frio as que faço à base de cogumelos,
beringela, etc.
Além do tomate, uso nas bruschette os temperos e outros
ingredientes que tenho à mão ou que me dão na gana, raramente me atenho aos
ingredientes italianos originais. É a minha bruschetta, e se eu fosse italiano
chamar-me-ia Luigi…
Para esta 89ª
Trilogia com o tema “tomate”
decidi apresentar aos meus colegas de aventura, a Ana e o Amândio, uma bruschetta
que guarda em si, escondido, um dos mais tradicionais sabores portugueses, o queijo
Terrincho transmontano, um dos que prefiro de entre os queijos tradicionais
portugueses.
Ingredientes:
Pão
Alhos
Azeite
Tomate fresco e maduro
Rúcula fresca
Queijo Terrincho, curado
Sal e pimenta
Orégãos
Mozarella fresca
Preparação:
Abra o pão e torre-o de modo a obter uma superfície
suficientemente dura para desgastar um dente de alho ao esfregar.
Misture numa tigela com um pouco de azeite, o tomate em
pequenos cubos, o queijo Terrincho, rúcula picada, orégãos, pimenta e um pouco
de sal (atenção ao sal do queijo).
Distribua esta mistura sobre o pão e cubra tudo com fatias
de mozarella, que tem como principal função fundir e proteger da fusão o
precioso sabor do Terrincho que lhe fica por baixo.
Leve ao forno bem quente
por breves minutos e, se isso corresponder ao seu gosto, acompanhe com a
frescura de um branco português, que andam cada vez mais deslumbrantes, até alguns bem baratos.
2 comentários:
Adoro bruschettas! Conheces aquelas do Rato (na rua que sobe, junto aos correios e de que não lembro o nome)?
Lá não tem a Luigi, claro, que esta tua é mais que supimpa e mete as outras num pé de chinelo!
Achei graça chamares colegas de aventura, pois a próxima semana será isso mesmo para mim... fora o choro, ai!
Beijinhos.
Que delícia de bruschetta!!!
Gosto bastante.
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