Começou hoje e prolonga-se até
ao próximo dia 1 de Novembro a Feira das
Mercês, antiquíssimo vestígio do culto popular do Divino Espírito Santo que se realiza nas duas últimas semanas de Outubro, numa quinta que foi casa do
Marquês de Pombal na zona saloia, entre Rio de Mouro e o Algueirão, aqui mesmo
nas “barbas” de Lisboa.
Embora seja hoje uma sombra do
que já foi, poderá ainda servir para encontrar produtos genuínos vendidos pelos
próprios produtores, frutos secos, sementes para ter os seus próprios vasos ou
canteiros de salsa e coentros, malaguetas acabadas de colher, abóboras diversas
entre as quais gilas soberbas, água-pé
verdadeira e castanhas
e, se tiver sorte e não for muito tarde, alguma
vendedeira das tradicionais pêras pardas cozidas e ainda quentes.
Na restauração ambulante que
constitui uma boa parte da Feira das Mercês, poderá provar esse petisco inolvidável
que é a Carne às Mercês,
feita durante horas nas frigideiras de barro
e que
deve pedir sem batatas fritas, ou com elas à parte,
pois instalou-se o deplorável
hábito de apresentar as frigideiras da carne com um montículo de batatas fritas
por cima, nalguns dos restaurantes; a tradição vai-se vergando aos apetites
modernos e dá a costumada asneira.
Mas o sabor continua uma delícia
que vale a pena provar acompanhado pelo belo pão saloio, umas azeitonas e um
copo de vinho.
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2 comentários:
deve ficar muito bom, essas feiras são muito boas encontramos tudo fresquinho beijocas
Saudades de ir à feira com os meus pais e tios...
Ainda lhe sinto o cheirinho no ar!
Beijo.
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