Quando se pensa em comida
para festas, entendendo-se aqui festas, não como banquete ou refeição de
cerimónia mas aquelas festas que se fazem nas casas, aniversários, comemoração
deste ou daquele acontecimento ou simples juntar de amigos, é frequente que se
acabe por escolher o inevitável e incontornável bacalhau. Versátil, do agrado
geral e a permitir pratos dignos e que se comem bem em estilo volante, prato na
mão e só com garfo, tem no entanto o inconveniente de se desembocar em pratos
que sendo excelentes acabam por estar de tal modo vistos e repetidos que, se
pensar bem nas probabilidades de haver em qualquer festa um tabuleiro de
bacalhau com natas ou bacalhau espiritual, se chegará à conclusão que essas
probabilidades são por certo bem altas.
O Bacalhau à Dona Zé, prato que,
com a introdução de uma generosa parte verde, contorna de forma deliciosa esta
vulgaridade em que os bacalhaus “escondidos” de tabuleiro se tornaram, será o
meu contributo para o tema “comida de
festa” desta 145ª Trilogia em
que eu, a Ana e o Amândio festejamos estas férias, o
Verão e o que mais quisermos.
Ingredientes:
Bacalhau demolhado
Batatas
Cenouras
Cebola
Alhos
Azeite
Sal e pimenta
Natas frescas
Queijo ralado
Espinafres
Pão ralado
Preparação:
Coza batatas e cenouras e
esmague-as. Reserve.
Escalde bacalhau (partes finas,
badanas, cabeça e rabos) e limpe de peles e espinhas. Refogue cebola e alhos em
azeite, sem deixar alourar e passe neste refogado o bacalhau, acertando sal e
pimenta.
Misture o bacalhau com o puré juntando natas e queijo ralado, ambos abundantes e envolva bem. Disponha uma camada deste preparado numa forma, tabuleiro ou assadeira, depois uma camada com cerca de um dedo de espessura de espinafres escaldados e cortados miúdo
e por fim acabe de encher com o resto do puré e bacalhau. Polvilhe com pão ralado,
sacuda ou sopre o excesso e leve a gratinar em forno quente por cerca de 15-20 minutos ou até estar bem alourado.
Faço por vezes uma variante
quando o bacalhau se destina a refeição apenas para dois em que a apresentação
é feita em ramequim individual
e em vez de espinafres, sempre consensuais e
portanto ideais para festa, uso grelos cozidos, cujo amargor vai especialmente bem com a suavidade das natas e com o meu gosto.
6 comentários:
E eu sem saber o que fazer com tantos espinafres que estão ali na horta....
Bem haja
E gostei deste teu bacalhau festivo, com espinafres pelo meio...
Beijo.
Já fiz esta receita...fica divinal.
eu fiz com grelos e estava espetacular. Obrigada
Muito bom
Vou experimentar
Enviar um comentário