
























Acabadinho de chegar desse mergulho civilizacional que é o Magreb marroquino, com as fotos que tenho para vos mostrar ainda baralhadas em "gigas" de cartõezinhos diminutos, vou, no entanto, cumprir o que vos tinha prometido (estar aqui a 27), embora de uma forma bem britânica, com este doce único que os ingleses inventaram e que é, simultaneamente, facílimo de fazer e difícil de conseguir. Aqui fica a "marmalade", última coisa que fiz antes da partida:
Ingredientes:
7,5 dl de água
4-5 laranjas Amargas
1 limão (e o sumo de mais um)
1 kg de Açúcar
Preparação:
A única verdadeira dificuldade para fazer esta maravilha que, infelizmente, é quase impossível de encontrar de boa qualidade à venda, é a obtenção das laranjas. É que não se trata de laranjas azedas ou simplesmente amargas: A laranja amarga é a laranja brava, que nasce nas laranjeiras que nasceram de um caroço e nunca foram enxertadas. 
Absolutamente impossíveis de consumir em natureza, estas laranjas arranjam-se em pomares de laranjeiras ou de limoeiros, abandonados, em que a parte "boa" da laranjeira morreu e só vivem os "rebentões" que saem da zona abaixo do enxerto.
Também os viveiristas costumam arranjar laranjas destas, as que nascem nas laranjeiras bravas que eles cultivam para servirem de "cavalo" onde se enxertam todos os citrinos.
Corte as laranjas e o limão em lâminas finíssimas, retirando os caroços que ficam dentro de um copo, cobertos de água. Cubra as lâminas dos frutos com a água e deixe de molho por 24 horas.
Leve ao lume as lâminas e a água onde estiveram os caroços e deixe ferver, tapado e em lume brando, por 30 minutos. Junte então o açúcar e, se o limão inicial não era muito sumarento, junte o sumo de mais um. Deixe ferver por mais 10 minutos e enfrasque ainda a ferver.
É delicioso sobre torradas previamente manteigadas.

Nota: Para quem esperava uma catadupa marroquina de tagines e couscous, as minhas desculpas e a promessa que trago uma enorme colecção de sabores, fotos e aventuras gastronómicas e vontade de aqui deixar boas amostras dessa cozinha apaixonante, já a partir de Quarta-Feira, 29! Até já.





Com a ajuda deste último, testei metodicamente o cozimento de camarões, processo sobre o qual cada um tem a sua receita e diz o que lhe apetece ou, pior ainda, o que ouviu dizer.


Deixe repousar durante meia hora e misture então as sardinhas. Frite em óleo ou azeite refinado, quente e abundante o suficiente para as pataniscas ficarem a flutuar e poderem dar a volta sem tocarem o fundo da frigideira. O ideal é fritá-las em frigideira de batatas, funda.
A espessura do polme é fundamental para o êxito de uma patanisca e é, na verdade, o seu "segredo". É qualquer coisa mais espessa que polme para crepes mas menos que um polme de albardar peixinhos da horta. 
Nota:

Pincele com gema de ovo e leve a forno quente durante cerca de 20 minutos, tapando com folha de alumínio se vir que começa a escurecer demais antes de estar cozido. 

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