Prefiro de longe roer umas asinhas ou até um pescoço
de frango que as abundâncias fibrosas e monocórdicas dos geralmente apreciados
peitos.
Com o passar dos anos (e o putativo
crescimento em “sabedoria”), fui deixando de fazer com frequência o bicho
inteiro e passei a privilegiar a separação das várias partes de um frango,
pernas e asas para um lado, carcaça e miúdos para canja ou caldos e os peitos
para usar como carne mais ou menos escondida em cozinhados diversos, desde
bifes, picados, pastéis, empadas, etc., onde cumprem a sua missão a contento e
sem gerar queixas ou invejas à mesa.
Para esta 91ª Trilogia com a Ana e
o Amândio, a iniciar Agosto, deixei
preparados (pois estou de férias e esta é uma publicação automática) uns crepes
em que o peito de frango, o nosso
tema de hoje, foi álibi para uma pimentade
com laivos orientais, numa preparação ideal para esta altura do ano, para
comer-se em casa ou na rua, quente ou fria, com acompanhamento ou só, conforme
o Verão aconselhar.
Ingredientes (8 a 10 crepes):
2 peitos de frango
1 cebola
2 pimentos vermelhos (ou 1 verde e 1
vermelho)
2 dentes de alho
Azeite
1 colher de café de caril em pó
1 colher de café de pimenta moída
1 pau de canela
Salsa
1 colher de sopa de farinha
½ copo de água
100ml de natas
Sal marinho q.b.
Massa para crepes q.b.
Preparação:
Faça uma massa para crepes e deixe a
repousar.
Refogue num fundo de azeite a cebola,
pimentos, alhos, temperados com pimenta, uma colher de café de caril em pó ou
em pasta, apenas, pois não se trata de fazer um caril mas sim deixar uma nota
no sabor final, um pau de canela e salsa picada grosso.
Corte o peito de frango em pedaços
pequenos e reserve.
Quando os vegetais estiverem cozinhados,
adicione a farinha, mexa, logo a água e as natas, deixe engrossar, prove e
tempere de sal. Por fim, adicione os pedaços de frango, envolva e deixe ficar
tapado já fora do lume.
Retire o pau de canela e deixe arrefecer por completo.
Faça o número de crepes que quiser
e vá
recheando depois cada um com uma parte da massa de pimentade,
dobre o crepe em envelope
e leve de novo ao lume, dos
dois lados, até que tome uma cor dourada uniforme e aqueça bem por dentro.
Coma quente ou frio, conforme o gosto e o
efeito pretendido.