Hoje tive de me desenrascar! Não
que isso me tenha de algum modo afligido, bem pelo contrário, ou não fosse
verdade que para mim, como para qualquer bom português, o desenrascanço é mais que o simples resolver de uma situação difícil,
é um verdadeiro modo de vida e até tema para esta 127ª Trilogia em que eu, a Ana
e o Amândio nos iremos, à “tuga”,
desenrascar.
Para quem é desenrascado, na
verdade, nunca existem enrascanços que, a existirem, o transformaria num
enrascado e foi por isso deitar mão da invenção de uma situação-limite como
aquela que deu origem ao prato mais célebre de entre os pratos desenrascados: o
Spaghetti alla Puttanesca de que vos falei aqui.
Um imaginário jantar que era para
ser fora, subitamente cancelado, o regresso a casa onde nada foi preparado para
se fazer comida e … mãos à obra com a prata da casa que, no caso, foi um pacote
de esparguete, um pedaço de bacon, uma abóbora que andava ali pela cozinha,
mais a enfeitar que outra coisa,
uma cebola, uns temperos.
Fez-se no tempo de cozer a massa
e ficou bem bom!
Ingredientes:
Esparguete
Cebola
Alhos
Azeite
Abóbora
Bacon
Tomate seco em conserva
Sal e pimenta
Nozes
Preparação:
Ponha o esparguete a cozer em água
e sal e refogue em azeite temperado com pimenta, a cebola, alhos, ambos picados
e o bacon em cubinhos.
Quando começar a alourar, junte a
abóbora (ou outro legume qualquer) partida em cubos pequenos
e, logo a seguir,
o tomate seco em pedaços (ou alcaparras, por exemplo),
envolva, tempere de sal
e deixe cozinhar, mexendo, por alguns minutos até a abóbora estar a seu gosto.
Escorra a massa quando estiver
cozida a gosto e sirva em coroa, com a depressão central preenchida pela abóbora
salteada e enfeite com nozes picadas.
4 comentários:
Bem bom!
Acho que nunca me lembraria de juntar a abóbora...homem desenrascado!
Beijinho.
abóboras a enfeitar e nozes a enriquecer nem parece teu. tenho que dizer que tenho o esparguete putovka para fazer há um ror de tempo. a ver se sai amanhã :)
(e respondo à tua dúvida do vinagre de porto)
vinagre de vinho do porto é dele mesmo. demora muito a avinagrar e não se pode comercializar, porque o vinho do porto não avinagra (ai avinagra, avinagra, mas demora muitos anos). não há à venda.
Hj não tinha almoço e uma visita aqui inspirou-me o desenrascanso.
Contudo esqueci-me do tomate seco, ficou bom mas há-de ficar melhor.
No fim além de nozes ainda dei um toque de pesto.
Obrigado
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