Embora
haja um prato originário da Guiana Francesa chamado Pimentade, hoje este nome pode designar qualquer prato baseado em
frutos de qualquer uma das centenas de espécies e variedades da família Capsicum, que engloba todas as
malaguetas, pimentos e pimentões.
Quando chegam calor e dias grandes, aparecem em substituição
dos pimentos desenxabidos do Inverno, os belíssimos e intensos frutos que podemos comer de todas as maneiras,
crus, assados, fritos, recheados, como condimento ou como pièce de resistance como
é o caso desta pimentade de bacalhau,
um prato simples e rápido que resulta em plena satisfação para amantes de
pimentos e de bacalhau.
Ingredientes:
Pimentos
Cebola
Alhos
Tomate seco, em azeite
Azeite
Sal e pimenta
Bacalhau demolhado
Puré de batata
Preparação:
Refogue em azeite a cebola, alhos, tomate seco em azeite,
cortado em pedacinhos, sal e pimenta e pimentos verdes e vermelhos, ou só
vermelhos* se tiver uma digestão sensível aos pimentos verdes*.
Junte então bacalhau em pedaços,
envolva no refogado e
passe para ramequins individuais.
Cubra com puré de batata e leve a tostar ao forno.
Sirva a pimentade
acompanhada com o puré de cobertura.
Nota:
*Existem à volta dos pimentos
diversos mitos sobre a sua digestibilidade, sendo um dos mais propalados (até
por gente que tinha obrigação de ser responsável) o que afirma que aquelas nervuras
internas esponjosas e esbranquiçadas são o “veneno” dos pimentos.
Na verdade a única coisa que as
tais nervuras são é feias e ficam umas peles moles depois de cozinhadas, mas não
amargam nem são “indigestas”.
Outra dos mitos é o que confunde pimentos vermelhos com pimentos maduros.
O que se passa é que, apesar de qualquer pimento verde se tornar vermelho ao amadurecer, a maioria dos pimentos vermelhos à venda (e todos no Inverno) não são frutos maduros mas sim frutos geneticamente modificados para apresentarem cor vermelha (ou amarela, ou laranja).
O que se passa é que, apesar de qualquer pimento verde se tornar vermelho ao amadurecer, a maioria dos pimentos vermelhos à venda (e todos no Inverno) não são frutos maduros mas sim frutos geneticamente modificados para apresentarem cor vermelha (ou amarela, ou laranja).
Naturalmente, estes pimentos
vermelhos-mas-não-maduros têm os mesmos problemas para estômagos mais sensíveis
que os pimentos verdes.
4 comentários:
Caro Luís,
Quero fazer-lhe duas questões "off-topic", caso seja possível.
Uma relacionada com os estufados de carne. Neste caso, tem por norma fritar a carne antes de adicionar algum líquido como água e/ou vinho? Em caso afirmativo, é apenas para selar a carne ou uma fritura mais completa? Varia a técnica consoante a carne em questão?
Outra relacionada com os Gaspachos. É habitual fazerem-se doses para diversas refeições? Conservam-se bem no frigorífico?
Um abraço e bom domingo!
Nos estufados é normal selar a carne, nunca fritar por completo o que a iria secar irremediavelmente.
Ressalvam-se as carnes cozinhadas a baixa temperatura (75-80ºC)que não devem ser seladas.
Os gaspachos andaluzes (moídos) conservam-se na perfeição até 3 dias e até ficam melhor no dia seguinte; já o gaspacho alentejano (pedaços) deve ser consumido na altura. Irei abordar o gaspacho assim que houver fruta madura de Verão para o fazer.
Obrigado pelo esclarecimento e pela inspiração: Acabei de ter para pequeno-almoço uma Pan..Apple! :)
Não sei se conhece, mas estava a ver este vídeo e decidi partilhar: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KcnW49luEGQ#at=3016
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