Têm a forma, o nome, o sabor
e até uma folhinha de laranjeira mas não são laranjas, estas pequenas
maravilhas oriundas da cozinha alentejana do litoral, de Santiago do Cacém até
Alcácer do Sal, chegando por vezes a aparecer ainda em Setúbal.
Estes doces de origem rural mas
de uma elegância irrepreensível e um sabor apuradíssimo, fazem parte integrante
da história dos sabores da minha infância e foi por isso natural que as tivesse
elegido para ilustrar o tema “laranja”
desta 128ª Trilogia com a Ana e o Amândio.
Trazidas para a cozinha familiar
pela santiaguense Virgínia, empregada da minha casa de infância e amiga de toda a vida, ficam também como homenagem à minha mãe, que era
quem normalmente as fazia e que, se fosse viva, completaria hoje 91 anos.
Ingredientes:
Cenouras
Laranjas
Açúcar
Açúcar pilé
Água flor de laranjeira
(facultativo)
Preparação:
Coza em água simples, cenouras
grandes e o vidrado de uma laranja por cada cenoura.
Passe pela máquina (moinho ou passe-vite) a cenoura e a laranja cozidas, ponha a massa resultante num pano
e esprema bem.
Pese.
Misture esta massa bem espremida com o seu peso em açúcar, mexa para que o açúcar fique húmido,
se quiser junte umas gotas de água flor de laranjeira e leve ao lume, mexendo sempre, até que atinja um ponto que quase permita modelar.
Deixe arrefecer completamente,
molde pequenas bolas e passe-as por açúcar pilé.
Seque ao sol ou vento, de modo a que formem uma película dura por fora.
Pode guardar por muito tempo numa caixa bem fechada e, antes de servir, faça um orifício nesta “casca” e introduza uma folhinha verde.
Passe pela máquina (moinho ou passe-vite) a cenoura e a laranja cozidas, ponha a massa resultante num pano
e esprema bem.
Pese.
Misture esta massa bem espremida com o seu peso em açúcar, mexa para que o açúcar fique húmido,
se quiser junte umas gotas de água flor de laranjeira e leve ao lume, mexendo sempre, até que atinja um ponto que quase permita modelar.
Deixe arrefecer completamente,
molde pequenas bolas e passe-as por açúcar pilé.
Seque ao sol ou vento, de modo a que formem uma película dura por fora.
Pode guardar por muito tempo numa caixa bem fechada e, antes de servir, faça um orifício nesta “casca” e introduza uma folhinha verde.
11 comentários:
Luís, tenho a certeza que era disto que a minha mãe falava e que a minha avó fazia quando ela era pequena. Que pena não a ter encontrado 1 ano mais cedo. Mas muito obrigada n mesma, vou experimentar e comer com ela em mim.
Abraço.
Mariana
quem diria, ate parece simples de fazer!! Vou experimentar, eu nunca provei mas esses docinhos mais molhados sao sempre uma delicia e nos achamos sempre que sao super dificeis de fazer!
não sou muito de fazer doces e o último que se fez lá em casa foi o ...seu bolo de laranja, uma delícia já repetida, e estas laranjinhas, vou ter que tentar fazer e saborear.
ola bom dia como sempre as suas receitas impressionam, parabens :)
Simples, mas muito muito criativo
Olá,
Sou de Santiago e é a primeira vez que vejo ou oiço falar deste doce. Até à data não conheço, nem ouvi falar do doce no concelho ou terras limítrofes.
Fantástico... Óptimo aspecto, melhores ainda no sabor... e a cor que têm é mesmo convidativa... :) Lá vou eu agarrar-me aos tachos :)
Estou a viver em Santiago do Cacém há cerca de 2 anos. Ainda não tinha descoberto este doce. Vou levar a receita comigo
Vou experimentar mas tenho a ideia só de casca de laranja que se guarda no frigorífico quando se tem uma quantia poem-se de molho depois tritura-se vai ao lume com igual quantidade de açúcar e tende-se laranjinhas passar por açúcar e coloca-se uma folhinha verde.
Quem fazia as laranjinhas era a minha irmã mais velha, quando eu era pequena, lembro-me perfeitamente do sabor, adorava,só que a minha irmã já não se encontra entre nós, vi a receita e vou fazer.
Sou louca por doces de laranja, obviamente vou experimentar este que me parece divinal
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