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Estes quatro azeites que aqui vos trago estão a um nível de qualidade impensável ainda há um ano, fruto das novas técnicas de cultivo intensivo que, para desespero dos saudosistas dos olivais "manuais" (e abandonados), permitem obter azeites de qualidade a preço de "óleo de fritar". Todos originários do Sul, são a prova de que em todo o território português se podem construir estes "monumentos", ainda há pouco confinados a míticos produtores de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Se isto já são excelentes notícias, os preços são uma verdadeira revolução com, por exemplo este Quinta das Santas , de Sousel, a ser comercializado agora a 2,29€, contra 2,49€ em Fevereiro, e este belíssimo Nossas Planícies do Pingo Doce, um azeite suavíssimo e frutado por uns incríveis 1,89€! (incrível também aquele rótulo! Srs. da Jerónimo Martins, quem lhes disse que "aquilo" era um rótulo?).
Quanto à Oliveira da Serra, impõe-se uma palavra de apreço pela coragem e competência postas nesta aventura empresarial sem paralelo em Portugal e cujos frutos que começam agora a aparecer fazem prever que o azeite português possa, em breve, sair dos nichos de produção muito especializada e projetar-se também fora de portas como um dos grandes azeites de qualidade a nível mundial. Estes exemplos que aqui trago, azeites da mesma origem mas de colheita temporã (azeitonas verdes) e tardia (azeitonas maduras),
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uma aposta na educação do paladar embotado da maioria dos portugueses, para quem azeite é azeite e pronto e a fazer sonhar com um tempo breve em que as cartas de azeites, comuns no mundo gastronomicamente civilizado, sejam também comuns nos restaurantes portugueses.
Ambos a cerca de 3,50€.
* ...e não me venham com histórias da carochinha porque até conheço os dois processos (eu até sou olivicultor!) e ninguém me convence que haja um litro de qualquer vinho que tenha um custo de produção superior a um litro de azeite.
1 comentário:
Cartas de azeites? os portugueses nem dinheiro quase têm para comer fora, quanto mais ainda porem-se a escolher azeite. Eu tb dou grande valor ao azeite, mas tenho consciência que a maior parte dos portugueses não dá, simplesmente porque em tempos de crise não se pode estar a olhar a isso. Esses azeites que refere nem sequer são azeites de topo, são azeites para a carteira do português comum. Mas antes de terem "carta de azeites" (que acho supérfluo tendo em conta a nossa realidade e aposto que os restaurantes não venderiam) acho que os nossos restaurantes ainda têm que mudar muita coisa bem mais importante.
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