“A sopa é a coroa de glória da boa cozinha. É o toque de trombeta da vitória, assinalando o triunfo do paladar sobre a substância, do amor sobre a vida. /…/ Por isso uma boa sopa não pode ser dissecada. Pois espelha a vida de muito perto”.
Radhika Jha – O Elefante e o Maruti ( O Cozinheiro), Dom Quixote 2005
As sopas são entidades misteriosas, mais pessoais que impressões digitais.
Se para o resto da culinária se pode dizer que uma boa receita, se escrupulosamente seguida, dá um resultado preciso, já para as sopas este axioma é tudo menos verdadeiro.
Todos já passámos pela frustrante experiência de tentar emular uma sopa de “alguém”.
A Minestra, sopa mediterrânica por excelência e base de qualquer refeição em Itália, é, na sua versão mas elaborada a chamada Minestrone, verdadeiro mostruário de tudo o que uma horta produz e na versão mais simples a lendária Zuppa di Patate, pobre dieta de guerra para milhões de italianos pobres.
Chamar-lhe-íamos aqui Sopa de Legumes e, claro que não tem receita-padrão: A Sopa, La Zuppa, La Minestra, é a "alma" da mamma (ou do pappa) que a faz.
Esta é a minha “minestra”. Nunca conseguirá fazê-la igual, do mesmo modo que eu nunca conseguirei fazer uma igual à sua. Mas, se espreitar bem, conseguirá ver-me a alma!
Ingredientes:
Radhika Jha – O Elefante e o Maruti ( O Cozinheiro), Dom Quixote 2005
As sopas são entidades misteriosas, mais pessoais que impressões digitais.
Se para o resto da culinária se pode dizer que uma boa receita, se escrupulosamente seguida, dá um resultado preciso, já para as sopas este axioma é tudo menos verdadeiro.
Todos já passámos pela frustrante experiência de tentar emular uma sopa de “alguém”.
A Minestra, sopa mediterrânica por excelência e base de qualquer refeição em Itália, é, na sua versão mas elaborada a chamada Minestrone, verdadeiro mostruário de tudo o que uma horta produz e na versão mais simples a lendária Zuppa di Patate, pobre dieta de guerra para milhões de italianos pobres.
Chamar-lhe-íamos aqui Sopa de Legumes e, claro que não tem receita-padrão: A Sopa, La Zuppa, La Minestra, é a "alma" da mamma (ou do pappa) que a faz.
Esta é a minha “minestra”. Nunca conseguirá fazê-la igual, do mesmo modo que eu nunca conseguirei fazer uma igual à sua. Mas, se espreitar bem, conseguirá ver-me a alma!
Ingredientes:
Preparação:
Coza as carnes em água e sal.
Refogue no azeite a cebola, o alho, alho francês, cenoura e salsa.
Junte os restantes ingredientes, excepto a massa, cubra com o caldo de cozer as carnes e deixe cozer.
Quando estiver quase pronto, junte as carnes partidas em pedaços e a massa e deixe acabar de cozer e apurar.
Sirva quente. Uma minestra aquece o corpo e a alma!
3 comentários:
Percebi melhor agora porque não consigo fazer uma sopa igual à da minha mãe, mesmo achando que a faço do mesmo modo...
Esta Minestra é uma refeição super completa!
Beijos.
Uma sopa é uma fonte de nutrientes riquissima e esta parece ser ótima e sobretudo deliciosa!
Parabéns pelo blog. Bela definição sobre as sopas, tão propícias para esta dupla de Curitiba.
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