Mas foi impossível arranjá-los e
os de peru, que são baratíssimos e abundantes, cumpriram na perfeição o
objectivo de obter uma pasta deliciosa, que tanto pode figurar numa entrada
como ser lanche, ceia ou simplesmente petisco, desses sem hora nem ocasião mais
apropriada que o momento em que o desejamos.
Ingredientes:
750g de fígado
400g de cogumelos
75g de banha de porco
75g de banha de ave*
2 cebolas
2 dentes de alho
1 folha de louro
Pimenta preta
Noz moscada
Coentros
Sal
2dl de vinho generoso (Porto, Madeira, etc.) ou 1dl de
Cognac, Rum, etc.
1 colher de sopa de açúcar mascavado (se usar um vinho
seco)
1 pacote de gelatina neutra
.
Preparação:
.
Faça um refogado leve com a cebola, noz moscada, alhos e
louro, nas banhas*.
Quando a cebola esteja translúcida mas não frita, adicione
os fígados e os cogumelos, tempere com sal, pimenta moída na altura e cozinhe
em lume forte por alguns minutos.
Passe tudo pela máquina de picar, com os coentros.
Aqueça o vinho escolhido sem deixar que ferva e dissolva
neste vinho quente a gelatina. Misture com o picado, ponha numa forma
previamente untada de banha e leve ao frigorífico de um dia para o outro.
Passe a forma por água bem quente por uns segundos antes de desenformar
e conserve o seu paté no frio**
Notas:
* A banha de aves, tradicionalmente preparada com gordura
de pato, pode ser feita com as gorduras de qualquer ave e é muito útil nos
pratos à base de aves, harmonizando na perfeição os refogados prévios com o
delicado sabor da carne. Para obtê-la, junte peles e gorduras provenientes do
amanho da ave (frango, pato, galinha, etc.) e leve-as numa tigela ao
micro-ondas, até que estejam transformadas num torresmo e tenham largado toda a
sua gordura, que vai recolhendo e conservando no frigorífico.
** Estas pastas não devem ser congeladas, pois a
congelação altera a estrutura molecular da gelatina.
2 comentários:
Olá Luís,
Costumo fazer patê de fígado de aves, que tb me rende uma quantidade generosa e do qual, por mais que ofereça, acabo sempre por ficar com uma boa dose.
A diferença é que não uso a gelatina e assim congelo-o em pequenas doses, que depois vou consumindo a pouco e pouco.
Fica com uma consistência óptima e assim consigo rentabilizá-lo mais. :)
No último que fiz substitui a cebola por um bolbode funcho que deu ao patê um aroma fantástico.
Agora fiquei com vontade de experimentar esta versão com cogumelos, deve ser uma delícia!
Olá Susana,
Tem razão quanto à melhor conservação sem a gelatina. Perde-se o enformado mas dá realmente para rentabilizar melhor.
Quem fica a perder é o cão e a gata que costumam acabar os meus patés!:-)
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