As sanduíches, ou sandes (ou “sandochas”),
essa invenção inglesa do Conde de Sandwich, não são exactamente a “minha praia”.
Nascidas para permitir que o
tempo das refeições não roubasse tempo para a jogatana a esse inveterado do Whist,
continuaram desde o Sec. XVIII até hoje a sua carreira fulgurante de comida
rápida e são o suporte da moderna fast-food,
vejam-se os hamburgers, os hot-dogs, os tacos, burritos, shoarmas, pregos e bifanas deste mundo!
Quem acredita nas virtudes da slow-food, por certo há-de execrar
sandochas e é o meu caso, mas o tema que o Amândio
ditou para esta 168ª Trilogia comigo
e com a Ana foi precisamente “sandocha”. Sandocha teve de ser.
Da bifana de Vendas Novas, casada com o pão Pita grego mas comido como se faz em Israel, enfeitada com batatas do souvlak
grego e mais o Haloumi grelhado, nasceu este híbrido que deu algum prazer, nem que fosse pelo pão.
Ingredientes:
Massa de pão Pita grego
Bifanas de porco
Alhos e louro
Sal e pimenta
Banha
Ovo (facultativo)
Queijo Haloumi
Queijo Roquefort (facultativo)
Batatas fritas (facultativo)
Preparação:
Prepare uma massa para Pita
grego, que difere de uma massa para pão clássica pelo facto de levar azeite. Depois
de levedada, divida-a em porções pequenas
que deve abrir com o rolo sobre uma
superfície enfarinhada até que tenha 3-4 mm de espessura.
Se quiser comer a sua sanduíche
enrolada como se faz na Grécia, deverá picar esta rodela de massa com um garfo
de modo a que não enfole ao assar. Se, como eu, quiser rechear o seu Pita, deve
então deixá-lo sem furos.
Aqueça bem uma frigideira antiaderente
e coloque a rodela, em lume esperto. Em poucos segundo começará a formar bolhas
que confluem até se tornar uma grande bolha.Vire e deixe cozer do outro lado.
Todo o processo é muito rápido, dois minutos no máximo.
Abra o seu pão Pita aproveitando
a bolha que se formou e comece por cobrir o fundo com bifanas
depois queijo Haloumi grelhado,
um ovo estrelado
e batatas fritas. Feche, ponha mais uns palitos por cima
e coma a sua sanduíche no prato, com auxílio de talher ou, se for dado a malabarismos, à mão, com todos os riscos inerentes.
Claro que com este pão delicioso,
na verdade o elemento essencial deste conjunto, os recheios têm muito mais a
ver com a imaginação e o gosto que com qualquer receita.
2 comentários:
Olá Luis, a receita do pão Pita é igual à do Sírio que tem aqui ?
https://outrascomidas.blogspot.pt/2013/08/pao-sirio.html
Obrigado
Ricardo_A
Olá Ricardo,
Este não foi igual. Foi feito só com farinha de trigo 650, sem adição de farinha integral e levou azeite.
O que caracteriza estes "pita" (e há imensos!) é mais a forma de fazê-los do que a composição, que é tudo menos exacta.
Abraço.
Enviar um comentário